Desde que sejam de um mesmo fabricante, pode. O pacote de aditivos que um fabricante usa tem a mesma natureza química no mineral, semissintético e sintético. No entanto, não existe nenhuma vantagem nessa mistura, que resultará em uma variação nas dimensões e variedades de moléculas, semelhante ao que é o óleo mineral sozinho, no entanto, mais cara. Já a mistura de óleos de diferentes fabricantes nunca deve ocorrer, ainda que sejam ambos minerais, semissintéticos ou sintéticos.
Não. Entretanto, ele tem uma redução bem mais lenta. É importante lembrar que todos os motores (novos ou rodados) baixam o nível de óleo, seja ele mineral, semissintético ou sintético. Isso ocorre pela queima de uma pequena camada de óleo que fica na parede do cilindro no momento da combustão, e pelos vapores gerados no aquecimento do motor. A base sintética, por ter sua fórmula mais estável, tem menor geração de vapores, ocasionando menos perda e menos poluição quando comparada à mineral.
Não. Independentemente da base do óleo, sua viscosidade de trabalho será definida por seu padrão SAE (ver em 'Entendendo a nomeclatura dos lubrificantes/óleo para motor: graus de viscosidade'). Porém, a oscilação da viscosidade do sintético, numa condição de temperatura ambiente x temperatura de trabalho é menor, dando mpressão que eles pareçam diferentes quando frios, mesmo que tenham o mesmo índice de viscosidade.
Sim. Desde que as especificações de viscosidade, API e JASO sejam mantidas e respeitadas. É necessário também trocar o filtro de óleo, para que não haja contaminação do óleo novo pelo velho. Ainda que a recomendação do fabricante envolva o óleo mineral, os óleos semissintéticos e sintéticos cumprem todas as funções do mineral, inclusive com maior competência. O inverso (uso de mineral em uma moto cujo fabricante exige semissintético) é que não é recomendado de forma alguma.
É prudente que, ao fazer a transição, a troca seguinte de óleo e filtro ocorra em um período mais reduzido. Graças à maior detergência dos óleos semissintético e sintético, é provável que eles se tornem saturados rapidamente, por dispersar gomas e graxas antigas que estavam no motor, que o óleo mineral não conseguia. Ao deixar o motor mais limpo, o óleo ficará mais sujo na primeira e, talvez, segunda trocas. Após essa “lavagem”, a quilometragem de troca pode voltar ao normal.
Sim. Novamente, devem ser respeitadas as especificações do óleo original, e reduzir a quilometragem entre as primeiras trocas, devido ao excesso de sujeira que provavelmente irá se desprender do motor no óleo novo. Como o óleo sintético é mais moderno, atende a todas as exigências que os motores tinham na época, e até mais, não havendo contra indicação nesse sentido.
Para carros antigos, com mais de 40 anos, já não se encontra lubrificantes com as especificações indicadas pelo Manual do Proprietário, pois as especificações API e SAE tornaram-se obsoletas, e retiradas do mercado nacional.
Se o projeto do motor é antigo, de 20 ou 40 anos atrás, a folga entre as peças é bem maior do que a dos projetos mais modernos. Portanto, se utilizarmos um SAE 5W-30 ou 0W-20, por exemplo, o filme lubrificante será muito fino, e não conseguirá vedar a folga entre os anéis do pistão e as camisas. Isso possibilita a contaminação do lubrificante na câmera de combustão, gerando a queima do lubrificante e a saída de fumaça pelo escapamento. Também ocorre o rompimento da película lubrificante nas demais peças móveis que entram em atrito, gerando desgaste, além da contaminação do lubrificante com o combustível, que irá descer para o cárter e prejudicará a saúde e performance do óleo de motor.
A troca de óleo lubrificante é sempre recomendada pelo fabricante do veículo/motor em função do regime operacional do veículo. Normalmente a troca é indicada por quilometragem (5 mil ou 10 mil quilômetros), ou por tempo (6 meses ou 1 ano) o que ocorrer primeiro, essas informações podem ser encontradas no manual proprietário do veículo.
O óleo utilizado além do período recomendado pode resultar na formação de borra no motor, comprometendo a capacidade de lubrificação dos componentes internos, aumentando o atrito e o desgaste do veículo.
A sigla API vem do American Petroleum Institute, que é uma instituição que categoriza o nível de desenvolvimento do óleo lubrificante, baseando-se nos graus de severidade das condições de operação existentes e medindo o nível de desempenho e aditivação do óleo.
A classificação API é representada por duas letras. A primeira letra está relacionada ao tipo de motor de combustão e consequentemente ao combustível utilizado. O “S” significa “Sparkiling” (centelhamento) característica de um motor de combustão ciclo Otto que necessita de uma Vela para realizar a combustão. Os motores ciclo Otto queimam os combustíveis Gasolina, GNV e ou Etanol. Já para veículos pesados a diesel, a primeira letra e 'C', que significa Commercial
A segunda letra demonstra o nível de desempenho e proteção do lubrificante e a sua eficiência nos requisitos de limpeza do motor e durabilidade dos seus componentes.
Quanto mais avançada a letra seguindo o alfabeto, melhor é o desempenho do óleo lubrificante para a limpeza e proteção de uma determinada geração de motores. Por outro lado, qualquer óleo com classificação abaixo da API “SJ” é considerado obsoleto para os motores modernos.
Sendo assim, um óleo API SN é melhor que um API SL, que é melhor que um API SJ e assim sucessivamente.
Mede-se a viscosidade de um óleo por sua resistência ao fluxo ou escoamento. Como dito anteriormente, há dois números que definem a viscosidade de um óleo. O primeiro número termina com a letra “W”, que significa inverno (winter, em inglês). Essa medida está relacionada à forma como um óleo flui quando está frio, como na partida do motor. O segundo número define a forma como um óleo flui a temperaturas normais mais elevadas de operação do motor.
Quanto menor o número, melhor ele fluirá. Assim, um 5W-30 fluirá mais facilmente do que um 10W-30 nas temperaturas de partida. Um 10W-30 fluirá mais facilmente do que um 10W-40 nas temperaturas normais de funcionamento do motor. Isso é importante, pois os óleos de motor ficam mais espessos naturalmente à medida que esfriam, e ficam mais finos quando se aquecem. Óleos finos de baixa viscosidade fluem mais facilmente para proteger as peças do motor em temperaturas frias. Óleos espessos de alta viscosidade são tipicamente melhores na manutenção da resistência da película para proteger motores em altas temperaturas.
Saiba mais em Entendendo a nomenclatura dos lubrificantes/óleo para motor: graus de viscosidade
Há um equívoco no mundo automotivo sobre ter de trocar o óleo a cada 5.000 km. A verdade, na prática é, que com os avanços tecnológicos na formulação e na engenharia do óleo do motor, tem-se um exagero. De fato, a pesquisa mostrou que às vezes é melhor não trocar o óleo a cada 5.000 km – para dar ao óleo atual tempo suficiente para circular pelo sistema e fazer sua mágica. Infelizmente, toda a mentalidade de “5.000 km ou funde o motor” se transformou em mais uma jogada de marketing das cadeias de troca de óleo. No entanto, sempre recomendamos verificar o manual do proprietário, e seguir o que o fabricante do seu carro considera quanto ao tempo entre as trocas de óleo.
Uma resposta direta: fica escuro (preto) não porque envelheceu ou passou do tempo de troca, mas porque cumpriu seu trabalho e coletou toda sujeira ou borra que poderia danificar o motor.
Um livro inteiro pode ser escrito sobre este tópico, então vamos mantê-lo curto e objetivo. Basicamente, o óleo convencional é o que deve ser usado para uma condução “normal” do dia-a-dia.
O óleo convencional é desenvolvido para oferecer proteção máxima em todas as estações do ano. O sintético, por sua vez, possui aditivos suplementares e níveis mais altos de viscosidade para proteger seu motor em condições de condução adversas e sob temperaturas extremas.
O óleo de alta quilometragem, para simplificar, é um tipo de óleo convencional; só que projetado com óleos básicos premium e sistemas de aditivos aprimorados para oferecer proteção máxima aos motores de grande durabilidade. O fato é que um carro de maior quilometragem tem peças que estão desgastadas, com menor desempenho que quando novas, então o óleo de alta quilometragem, com sua formulação agregada e outros atributos melhorados, ajuda dando ainda mais vida a um carro com um motor mais rodado.
As classes dos óleos são basicamente diferenciações dos graus de viscosidade (espessura do óleo). Dependendo do grau (5W-30, por exemplo), indica o nível de espessura do óleo. Normalmente, óleos mais finos têm números mais baixos – e tendem a fluir mais facilmente – enquanto designações com números mais altos indicam óleos mais espessos, que normalmente são mais resistentes ao escoamento. Veja mais em 'ENTENDENDO A NOMENCLATURA DOS LUBRIFICANTES/ÓLEO PARA MOTOR: GRAUS DE VISCOSIDADE').
Assim como as latinhas de alumínio – ou qualquer outra coisa que reciclamos hoje em dia – a reciclagem de óleo de motor ajuda a prevenir a poluição que pode prejudicar a todos nós. Com técnicas modernas e inovadoras, as refinarias são capazes de transformar o petróleo bruto e criar estoque básico de lubrificante que é usado para fazer óleo de motor.
E com o excesso de óleo no mercado, graças ao mito da “troca de óleo de 5.000 km”, a reciclagem do óleo usado é mais importante do que nunca. Afinal, ajuda o meio ambiente. A coleta de óleo usado é regulamentada no Brasil pela ANP, que exige dos Fabricantes uma coleta em volume obrigatória. Além de leis que proíbem o descarte nas vias pluviais e de esgoto. Por isso, todo estabelecimento que executa a troca de Óleo de Motor, deve reter apropriadamente o óleo usado e solicitar ou contratar uma empresa especializada na coleta.
O óleo usado vai para algumas refinarias ou empresas capazes de reciclar ou reusar esse material. E é fácil. Caso você faça sua própria troca, lembre-se de levar seu óleo de motor usado para as lojas de autopeças ou oficinas mecânicas, ou procurar uma instalação de reciclagem de óleo mais próxima.
É normal haver uma perda de óleo durante o uso, devido a folgas no motor e mesmo quando há uma queima parcial do combustível. Se, num exame visual, não houver sinais de vazamento pelo bloco ou mesmo no chão, verifique se o nível do óleo está dentro dos limites máximo e mínimo: se estiver, a perda é normal. Verifique o Manual do Proprietário, pois o Fabricante indica quanto de perda de óleo é comum a cada 1.000 km.
O correto é trocar o óleo com o motor quente, ou seja, quando o óleo está quente. Nesta condição, ele fica mais fino e tem mais facilidade de escorrer e você consegue esgotar até quase a “última gota”. Quanto menos presença do óleo usado no sistema, mais eficiente e eficaz será o trabalho do óleo novo.
O correto é esperar pelo menos 5 minutos após o motor ter sido desligado para se medir o nível do óleo. Assim, dá tempo de o óleo descer das partes mais altas do motor para o cárter e obtermos uma medida real do volume total dentro do sistema.
A maioria das Montadoras define dois tipos de uso quando se trata de durabilidade do óleo do motor: Normal e Severo. O uso severo é quando o Motorista enfrenta grandes períodos de congestionamento, com velocidades abaixo de 10 km/h, estradas com muita poeira, barro, lama, e ainda, quando o veículo percorre distâncias muito curtas por dia ou por viagem.
Sob essas condições, o nível de contaminação e degradação do óleo lubrificante aumenta. Por isso, deve-se reduzir os períodos de substituição do lubrificante pela metade. Com isso, conseguimos proteger melhor o motor e os sistemas dependentes de lubrificação.
Misturar o óleo novo com o óleo usado: isso é bem comum numa emergência, quando o condutor detecta um vazamento e precisa completar o nível para seguir o percurso até, pelo menos, um local seguro. A mistura vai contaminar o óleo novo e reduzir sua vida útil. O uso emergencial de um óleo de composição química diferente do que está no veículo, pode causar sérias reações de incompatibilidade e comprometer o desempenho do motor e componentes. O ideal é usar um óleo novo de mesma especificação do que está no veículo, e, muito importante, reparar o vazamento.
Usar uma estopa ou um material similar para limpar a vareta do óleo: muito provável que a estopa absorva resíduos do óleo antigo e ainda deixe fiapos na vareta que vão contaminar o óleo novo. O correto é usar um material absorvente como uma toalha de papel, e, ainda assim, verificar se não ficou nenhum pedacinho de resíduo pela haste da vareta.
Deixar de preencher a etiqueta do óleo: o condutor precisa saber o próximo período de troca para preservar o motor e garantir seu desempenho ideal. É muito importante identificar a quilometragem da troca e também o lubrificante que foi usado – marca e especificação. Preencher de forma legível e colar a etiqueta no para-brisas é um serviço inteligente que evita manutenções indesejáveis ao condutor.